sexta-feira, 4 de março de 2016

LYCEU PARAIBANO

Na Grécia Antiga, o Liceu (do grego antigo Λύκειον, transl. Lykeion) era um gymnasion perto de Atenas. A palavra designa também a escola filosófica fundada porAristóteles, em 335 a.C. (a escola peripatética), cujos membros se reuniam no local. Ali havia um bosque consagrado a Apolo Lykeios - de onde provavelmente deriva o termo Lykeion
O Liceu de Aristóteles tinha cursos regulares, de manhã e à tarde. Pela manhã, os discursos do filósofo eram esotéricos, isto é, direcionados a um público interno, mais restrito, com maiores e mais avançados conhecimentos sobre lógicafísicametafísica. Os discursos da tarde (chamados exotéricos) destinavam-se ao público em geral e diziam respeito a temas mais acessíveis, como retóricapolíticaliteratura.
Na atualidade, em alguns países, o termo "liceu" designa estabelecimento do ensino secundário.                                                       
O Lyceu na Paraiba foi fundado em 1836. A elite paraibana já não suportava mais deixar a própria terra para concluir seus estudos em OlindaRecifeSalvador ou mesmo no Rio de Janeiro e São Paulo. Na época, a Parahyba do Norte parecia andar na contramão do ensino. Mas a força propulsora dessa elite já dava sinais de uma verdadeira mudança no sistema de ensino local.
Assim, aos poucos, foram dados os primeiros passos no exercício do ensino secundário. Corria o ano de 1831 quando nasceu a ideia. Cinco anos depois, através da Lei N 11, de 24 de março, foi criado o Liceu Paraibano, depois que a Assembléia Provincial assumiu a incumbência de agrupar as cadeiras inicialmente criadas, dando-lhes direção única e estabelecendo normas para um melhor funcionamento.

A lei foi assinada pelo então presidente da Assembléia, Frederico Almeida Albuquerque, e pelos primeiro e segundo secretários, respectivamente, Manuel Simplício Jácome Pessoa e Pedro Marinho Falcão. A sanção coube ao vice-presidente em exercício, Manuel Maria Carneiro da Cunha. A partir de então, a Paraíba começava a apresentar sinais de competição com outros mercados e já não precisava mais exportar alunos para os grandes centros.
A história do "Liceu Paraibano", no passado um colégio de humanidades onde padres-mestres concentravam os ensinamentos em latim e em filosofia, fascina até hoje centenas de pessoas. Já em 1839 – três anos após a sua fundação – o Liceu Paraibano complementara as cadeiras criadas anteriormente. O Inglês passou a fazer parte da grade curricular. Mais tarde, as cadeiras de Gramática da Língua Nacional e do Comércio. Dez anos depois, com a sua primeira reforma, o colégio já disponibilizara disciplinas como Álgebra, Aritmética, Filosofia Racional, Francês, Geografia, História, Latim, Moral, Poética, Retórica e Trigonometria. Em 1850, Desenho. Naqueles tempos, muito mais do que nos dias atuais, ser aluno da mais tradicional e mais conceituada escola pública da Paraíba era uma honra. O colégio foi por mais de um século a matriz intelectual da Paraíba, na expressão do professor da UFPB José Rafael de Menezes, que publicou em 1983 a obra:História do Liceu Paraibano. O prédio atual, na avenida Getúlio Vargas, Centro da Capital, foi inaugurado em 1937, pelo governador Argemiro de Figueiredo.







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