sexta-feira, 4 de março de 2016

Rio Sanhauá




rio Sanhauá é um rio brasileiro que banha os municípios de Bayeux e João Pessoa, no estado da Paraíba. Em julho de 2007, o rio recebeu cinquenta mil tilápias, a fim de aumentar a quantidade de pescado no estuário, que atualmente está baixa. A ação irá beneficiar diretamente quinhentas famílias de pescadores que sobrevivem especialmente da pesca artesanal em Bayeux e João Pessoa, além de alertar para a importância da preservação ambiental do ecossistema do estuário. Os alevinos vieram da Estação de Piscicultura da Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas, localizada no município de Itaporanga.
Milhares de litros de esgoto e lixo doméstico jogados diariamente nas margens do rio, que é um santuário de vida estuarina e utilizado para diferentes atividades humanas, como pesca, navegação e lazer. Os moradores ribeirinhos não têm saneamento básico fornecido pelo governo local e utilizam as águas do rio como depósito para os dejetos, causando poluição grave. Além disso, a falta de orientação sobre consciência ambiental aos moradores também se observa.
Nessa área, também se encontra assentado o antigo Lixão do Roger, onde todos os dejetos da capital do estado eram jogados. O mesmo foi desativado em 2003 após cerca de 40 anos de funcionamento. Em virtude da constatação de que o chorume do lixão ainda escorre para o manguezal, pode-se concluir que o antigo lixão ainda é um importante poluidor do Sanhauá. Os principais afluentes do rio Paraíba, foi em sua foz, margeada pelo casario histórico e pelos campanários de dezenas de igrejas, que João Pessoa, a capital do estado, foi fundada, no século XVI.
Apesar do constante processo de antropização por que vem passando desde essa época, suas margens ainda estão parcialmente cobertas de manguezais.




Bayeux



Bayeux (pronuncia-se: baiê) é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na Região Metropolitana de João Pessoa. Sua população em 2015 foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 96 140 habitantes, distribuídos em 32 km² de área, dos quais 60% cobertos por manguezais e rios, restando cerca de 13 km² de área habitável. No município está localizado o Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, que atende à demanda da Região Metropolitana de João Pessoa.
Índios potiguaras e tabajaras viviam no litoral paraibano, às margens do rio Paraíba e alguns de seus afluentes, como rio Sanhauá e o rio Paroeira, onde atualmente o município de Bayeux se situa. O início de sua colonização foi muito influenciada pela proximidade com a cidade de Filipeia de Nossa Senhora das Neves, como era então chamada João Pessoa.
A colonização do município de Bayeux, localidade outrora denominada Barreiros, está muito ligada às histórias de João Pessoa e Santa Rita. Em 1585 foi fundada a cidade de Filipeia de Nossa Senhora das Neves e anos mais tarde foi iniciado o povoado de Santa Rita. Bayeux, no meio das duas localidades sofreu influência dessas colonizações. A povoação, então distante quatro quilômetros de Filipeia, começou com o nome de Rua do Baralho. Depois, Boa Vista e, em 1634, Barreiros — nome em decorrência do engenho de Barreiros.
O Decreto-Lei estadual nº 546, de 21 junho de 1944, sugestão do então jornalista Assis Chateaubriand ao interventor do estado na época, Rui Carneiro, modificou finalmente o nome para Bayeux em homenagem à primeira cidade francesa (de mesmo nome) a ser libertada do poder nazista pelos aliados durante a Segunda Guerra Mundial.[11] Já a elevação à categoria de distrito ocorreu através da lei municipal nº. 48, de 10 de dezembro de 1948. Bayeux pertenceu ao município de Santa Rita até então, quando finalmente adquiriu o status de município pela Lei no. 2.148, de 28 de junho de 1959. A instalação oficial do município se deu no dia15 de dezembro de 1959.
Sua principal artéria urbana é a Avenida Liberdade, cujo nome também remete a libertação da referida cidade francesa do poder nazista.


LYCEU PARAIBANO

Na Grécia Antiga, o Liceu (do grego antigo Λύκειον, transl. Lykeion) era um gymnasion perto de Atenas. A palavra designa também a escola filosófica fundada porAristóteles, em 335 a.C. (a escola peripatética), cujos membros se reuniam no local. Ali havia um bosque consagrado a Apolo Lykeios - de onde provavelmente deriva o termo Lykeion
O Liceu de Aristóteles tinha cursos regulares, de manhã e à tarde. Pela manhã, os discursos do filósofo eram esotéricos, isto é, direcionados a um público interno, mais restrito, com maiores e mais avançados conhecimentos sobre lógicafísicametafísica. Os discursos da tarde (chamados exotéricos) destinavam-se ao público em geral e diziam respeito a temas mais acessíveis, como retóricapolíticaliteratura.
Na atualidade, em alguns países, o termo "liceu" designa estabelecimento do ensino secundário.                                                       
O Lyceu na Paraiba foi fundado em 1836. A elite paraibana já não suportava mais deixar a própria terra para concluir seus estudos em OlindaRecifeSalvador ou mesmo no Rio de Janeiro e São Paulo. Na época, a Parahyba do Norte parecia andar na contramão do ensino. Mas a força propulsora dessa elite já dava sinais de uma verdadeira mudança no sistema de ensino local.
Assim, aos poucos, foram dados os primeiros passos no exercício do ensino secundário. Corria o ano de 1831 quando nasceu a ideia. Cinco anos depois, através da Lei N 11, de 24 de março, foi criado o Liceu Paraibano, depois que a Assembléia Provincial assumiu a incumbência de agrupar as cadeiras inicialmente criadas, dando-lhes direção única e estabelecendo normas para um melhor funcionamento.

A lei foi assinada pelo então presidente da Assembléia, Frederico Almeida Albuquerque, e pelos primeiro e segundo secretários, respectivamente, Manuel Simplício Jácome Pessoa e Pedro Marinho Falcão. A sanção coube ao vice-presidente em exercício, Manuel Maria Carneiro da Cunha. A partir de então, a Paraíba começava a apresentar sinais de competição com outros mercados e já não precisava mais exportar alunos para os grandes centros.
A história do "Liceu Paraibano", no passado um colégio de humanidades onde padres-mestres concentravam os ensinamentos em latim e em filosofia, fascina até hoje centenas de pessoas. Já em 1839 – três anos após a sua fundação – o Liceu Paraibano complementara as cadeiras criadas anteriormente. O Inglês passou a fazer parte da grade curricular. Mais tarde, as cadeiras de Gramática da Língua Nacional e do Comércio. Dez anos depois, com a sua primeira reforma, o colégio já disponibilizara disciplinas como Álgebra, Aritmética, Filosofia Racional, Francês, Geografia, História, Latim, Moral, Poética, Retórica e Trigonometria. Em 1850, Desenho. Naqueles tempos, muito mais do que nos dias atuais, ser aluno da mais tradicional e mais conceituada escola pública da Paraíba era uma honra. O colégio foi por mais de um século a matriz intelectual da Paraíba, na expressão do professor da UFPB José Rafael de Menezes, que publicou em 1983 a obra:História do Liceu Paraibano. O prédio atual, na avenida Getúlio Vargas, Centro da Capital, foi inaugurado em 1937, pelo governador Argemiro de Figueiredo.







A fonte de Tambiá e Aipré

Conta a lenda que o valente guerreiro Tambiá, do povo cariri, desceu a Serra da Copaoba (Borborema) disposto a guerrear os Tabajaras, no litoral paraibano, mas, ferido num combate violento, foi levado prisioneiro para uma aldeia de inimigos. O chefe Tabajara ordenou-lhe a morte, mas, apaixonada pelo belo indígena forasteiro, a filha do Cacique pediu-lhe repetidamente que a deixasse cuidar das feridas de Tambiá. Apesar da permissão e do desvelo da jovem índia, o guerreiro cariri morreu e a virgem chorou nove luas, desconsoladamente, formando-se de suas lágrimas a fonte que recebeu o nome de Tambiá, designação que passou depois ao próprio bairro.
A fonte natural foi urbanizada no século XVIII. Localiza-se no Parque Arruda Câmara, popularmente conhecida como “Bica”, Horto Zoobotânico dos mais pitorescos. No tempo em que a água da cidade ainda era transportada em ancoretas e burros, havia outras fontes famosas, como a Bica de Gravatá (1785), a Fonte do Riacho (1830) e a Bica dos Milagres (1848). A de Tambiá é uma das duas remanescentes (A outra é a fonte de Santo Antonio). Foi construída em 1782, por ordem da Provedoria da Fazenda Real, canalizando água para o povo. Sua reconstrução ocorreu na administração Gama Rosa, em 1889, e, no Governo Solon de Lucena, voltou a ser restaurada, mantendo-se a feição original e suas características naturais.Por meio dessa lenda batizou-se  o local como  " Fonte do Tambiá" e posteriormente o próprio nome do bairro em que o parque está instalado. Outro motivo pelo qual o nome Tambiá tenha origem deve-se ao grande número de centopeias chamadas tambiás.
A construção da fonte em pedra foi iniciada por ordem da Fazenda Real e custeada por donativos dados pela própria população. Entre os anos de 1889 à 1922 a fonte sofreu diversas mudanças vindo a incorporar ainda e 1922 ao parque que receberia o nome do botânico paraibano Arruda Câmara.
Em seu centro havia as armas imperiais em escudo de pedra. Além desta fonte, outras duas faziam a manutenção de água nas regiões do complexo franciscano ( A fonte de Santo Antonio) e na região por trás do Complexo Beneditino ( A bica dos milagres – em ruínas nos dias atuais).

A fonte do Tambiá é tombada pelo IPHAN,  inscrita no Livro Histórico nº176 de 26 de setembro de 1941.


A Ponte do Baralho - Ligando João Pessoa a Bayeux

Tombada como patrimônio histórico, a Ponte Sanhauá, marco histórico e econômico da Paraíba, que liga os municípios de Bayeux e João Pessoa, está interditada para a passagem de automóveis há aproximadamente 18 anos por causa do estágio avançado de oxidação de sua estrutura de ferro, atualmente só é permitida a passagem de pedestres e ciclistas por causa do risco de desmoronamento trazido pelo peso dos automóveis. 
Foi a partir daquela ponte que o município de Bayeux nasceu. Com a ponte, mercadores começaram a atravessar os limites de João Pessoa e a formar umm povoado que mais tarde se desenvolveu.
Monumento foi construído no ano de 1840 

Na década de 70 do século passado a ponte recebeu uma cobertura em concreto para suportar o peso dos veículos. Atualmente, a ligação entre os municípios de João Pessoa e Bayeux é feita através do viaduto Tancredo Neves. Em 2008, a reabertura da ponte foi tema de uma sessão na Assembleia Legislativa.
Baralho é um bairro da cidade brasileira de Bayeux, estado da Paraíba, localizado a menos de quatro quilômetros do centro da cidade, às margens da Avenida Liberdade, uma das principais da cidade.[2] [3] O bairro conta em 2010, segundo dados do IBGE, com 2.344 pessoas. A Ilha do Eixo é parte integrante da área territorial do bairro
O bairro conta com poucas atividades econômicas, entre elas a Companhia Industrial do Sisal (CISAL), de fibras têxteis, e a Usina Monte Alegre S.A., esta última especializada na produção de açúcar. Um dos fatores para a estagnação econômica atual do Baralho é sobretudo a poluição dos rios do entorno, assim como descaso político em criar estratégias de reavivamento da economia local. Com a poluição diminuiu-se a pesca, que outrora produzia bagrestainhas, curimatãs, carapebas e espadas, além de crustáceos. Hoje em dia a pesca se resume a alguns bagres e siris.
Em virtude da beleza do bairro, com canais de rios e muitas áreas ainda cobertas de manguezais, o ecoturismo se mostra como atividade econômica em potencial, embora até 2012 nada tenha sido implementado pela administração municipal. Baralho conta ainda com a velha ponte do rio Sanhauá como um de seus principais patrimônios.

A tragédia da Lagoa - 1975

No dia 26, números foram atualizados e apareceram na manchete do jornalHá exatos 40 anos uma tragédia marcava a história da capital paraibana. Trinta e cinco pessoas, das quais 29 eram crianças, morreram afogadas após o naufrágio de uma embarcação na Lagoa do Parque Solon de Lucena. 
LeEm conversa com o Portal Correio, o escritor relembra as cenas que testemunhou em 24 de agosto de 1975: “De longe não era possível ver sequer o lastro da embarcação, por causa do grande número de ocupantes da barca. Quando a embarcação já se encontrava em um local mais profundo, as pessoas que estavam em terra começaram a se preocupar porque observaram que o barco estava desaparecendo. Das margens da Lagoa, ouvíamos apelos e gritos vindos do barco”, conta.
Gilvan de Brito relata ainda que, ao perceber que o barco estava afundando, foi até a Rádio Tabajara e lá avisou ao Corpo de Bombeiros sobre o acidente. "Quando cheguei estava acontecendo a transmissão do jogo entre Campinense e CSA, de Alagoas. Interrompemos a narração para comunicar os ouvintes sobre a tragédia e avisamos aos Bombeiros. Em poucos minutos eles chegaram à Lagoa e começaram o resgate das vítimas", lembra.
Policiais militares e pessoas que observavam o passeio também atuaram na operação. A dona de casa Claudecy Ventura, de 57 anos, estava entre as testemunhas da tragédia. Ela recorda o clima de desespero que tomou conta dos presentes no Parque Solon de Lucena.
Apenas um bote inflável prestava socorro às vítimas; multidão observava a operação
Foto: Apenas um bote inflável prestava socorro às vítimas; multidão observava a operação
Créditos: Arquivo/Jornal Correio da Paraíba
“Havia muita gente no entorno da Lagoa. Pessoas que já estavam lá acompanhando o passeio e outras que foram ao local depois de ficar sabendo do acidente. A todo o momento era possível ouvir gritos de pessoas que haviam perdido entes queridos na tragédia. E mesmo quem não conhecia as vítimas ficou bastante comovido, principalmente durante a retirada dos corpos da Lagoa. Foi uma cena muito impactante”, lembra.
Entre as vítimas fatais estava uma vizinha dela e o sargento Reginaldo Calixto, com quem tinha amigos em comum. Ele trabalhava no resgate das vítimas quando foi agarrado por uma jovem e acabou se afogando. Antes de morrer, o militar conseguiu salvar três crianças. O comandante da barca, sargento Edesio Basseto, e o soldado do Exército Carlos Alberto Nóbrega também morreram no acidente.
Era domingo, dia 24 de agosto de 1975. Centenas de pessoas estavam na área central da cidade para acompanhar os eventos em comemoração ao Dia do Soldado. O Exército Brasileiro havia preparado uma exposição de armas, canhões, viaturas, carros de combate, armadilhas de caça e pesca e galeria de fotos. Mas a atração que chamava mais atenção do público era outra: os passeios nas águas da Lagoa a bordo de uma portada.
Por volta das 17h15, quando a embarcação fazia sua última viagem, houve um alarme de que estaria entrando água no barco – possivelmente por causa de aberturas acidentais – o que gerou pânico, segundo nota divulgada no dia seguinte ao naufrágio pelo 1º Grupamento de Engenharia. O texto dizia que “um grande número de pessoas deslocou-se para frente da portada, fazendo com que ela submergisse”.